Provavelmente, já ouviu falar desta que é uma das maiores tendências atuais da nutrição: o jejum intermitente.

Em termos históricos, o jejum foi algo que acompanhou o homem durante a sua evolução, em que a escassez alimentar se alternava com períodos de maior abundância. Também em várias culturas e religiões, o jejum é usado como forma de purificação. Por isso, não é algo recente, mas tem estado cada vez mais em voga. Efetivamente, nos últimos anos, surgiram diversos estudos científicos que encontraram benefícios na prática do jejum intermitente, o que contribui para uma maior popularização e aceitação do mesmo.

Mas será que este é saudável e adequado a qualquer tipo de pessoa? A DIETA BIOTRÊS explica-lhe tudo o que precisa de saber.

O que é o jejum intermitente?

O jejum intermitente não é uma dieta, mas antes um padrão alimentar que alterna períodos de refeições com períodos de jejum, que podem ter uma duração variável de 12 a 24 horas. Aqui, não é especificado o que se deve comer nos períodos do dia em que a ingestão alimentar ocorre.

Como funciona?

Se passar 12 a 16 horas sem comer existe uma redução das reservas de glicogénio (glicose/açúcar que se encontra armazenada nos músculos e fígado), o que leva o corpo a mobilizar as reservas de gordura armazenada, de forma a usá-la como fonte de energia.

Quais os tipos de jejum intermitente?

O espaço de tempo que separa os períodos em que se pode alimentar vai depender do tipo de jejum que pratica. Como tal, existem vários protocolos de jejum intermitente que podem ser seguidos:

  • Intermitente – 12:12 – fazer jejum durante 12 horas ou mais.
  • Alimentação com tempo restrito – 16:8 – praticar jejum durante 16 horas e limitar a ingestão alimentar a 8 horas por dia.
  • Em dias alternados – este padrão alimentar consiste em alternar dias de jejum com dias de ingestão alimentar sem restrição.
  • Modificado em dias alternados – consumir menos de 25% das necessidades energéticas diárias nos dias de “jejum” (por exemplo 500 a 600 calorias), alternados com dias de ingestão alimentar sem restrição.
  • Periódico – fazer jejum apenas 1 ou 2 dias na semana e consumir alimentos à vontade 5 a 6 dias por semana.

Deste modo, a opção do tipo de protocolo de jejum é escolhida em função do que melhor se adaptar ao seu estilo de vida.

Quais os benefícios do jejum intermitente?

São vários os benefícios apontados à prática do jejum intermitente, tais como:

  • Diminuição dos níveis de açúcar no sangue e melhoria da sensibilidade à insulina;
  • Redução da inflamação e do stresse oxidativo;
  • Ativação de processos de reparação de células;
  • Redução do risco de algumas doenças, tais como problemas cardiovasculares, diabetes e cancro;
  • Maior longevidade.

Contudo, apesar de a literatura apontar benefícios ao jejum intermitente, ainda são necessários mais estudos para apoiar esta prática.

Qualquer pessoa pode fazer?

Não, apenas adultos saudáveis e com a supervisão de um profissional de saúde, tal como um nutricionista. O jejum intermitente não é aconselhável para crianças e adolescentes, grávidas e mulheres a amamentar, e pessoas com diabetes, doenças crónicas, doenças do comportamento alimentar (anorexia, bulimia, compulsão alimentar) ou que tomam regularmente medicação que requeira a ingestão de alimentos.

Concluindo…

Para quem pretende emagrecer, o jejum intermitente pode ser uma opção, mas a sua eficácia depende também das escolhas alimentares que faz quando não está em jejum. Ou seja, é importante haver um acompanhamento nutricional para saber comer de modo saudável de acordo com as suas necessidades.