Com a esperança média de vida a aumentar são cada vez mais as preocupações com o envelhecimento. Com aumentar a longevidade, como manter a saúde e qualidade de vida? Existe uma procura crescente em procedimentos e estratégias antienvelhecimento, e a alimentação é, sem sombra de dúvida, uma dessas estratégias. Quer perceber porquê?
O envelhecimento é um processo fisiológico universal, inevitável e irreversível. O ritmo a que o envelhecimento acontece depende de vários fatores, internos e externos. A genética é um fator interno, não controlável. Quanto a fatores externos temos alimentação, exercício físico, exposição a radiação, entre outros. A alimentação é um fator possível de ser alterado, que tem um grande impacto neste processo.
A restrição calórica, adequada e orientada, sem causar desnutrição, é uma estratégia válida para prolongar a longevidade. Sabe-se que, em determinados momentos da nossa vida, ingerir menos calorias do que gasta, vai promover alterações fisiológicas com impacto positivo no atraso do processo de envelhecimento.
Por outro lado, existem vários componentes dos alimentos que diversos estudos indicam como antienvelhecimento. Os antioxidantes, tal como o nome indica, são substâncias que impedem ou retardam o processo de oxidação. São exemplos de antioxidantes os carotenóides, os ácidos gordos ómega-3 e ómega-6 e a coenzima Q-10.
– Carotenóides: são pigmentos lipossolúveis presentes nos alimentos, principalmente em legumes e fruta que, para além de capacidade antioxidante, têm efeito foto-protetor. São exemplos de carotenóides: beta-caroteno, licopeno, luteína, entre outros. Podemos encontrá-los em maior quantidade na cenoura, abóbora, tomate, espinafres, brócolos e gema de ovo.
– Ácidos gordos ómega-3 e ómega-6: a ingestão de alimentos ricos nestes ácidos gordos essenciais (não produzidos pelo organismo) tem efeito preventivo ao nível do controlo de peso, da manutenção da função cognitiva e cardiovascular. Encontra-os em peixes gordos (salmão, atum, cavala, sardinha…), beldroegas, nozes e sementes de linhaça.
– Coenzima Q-10: muito provavelmente já viu este componente em cremes antirrugas. Pois é, a coenzima Q-10 é cada vez mais usada em cosmética pelas suas propriedades antioxidantes. É produzida pelo organismo, mas a sua produção reduz com o avançar da idade. Podemos obtê-la através do consumo de peixes gordos, nozes, amendoins e abacate. A ingestão alimentar é, no entanto, por vezes insuficiente para suprir as necessidades de coenzima Q-10 no envelhecimento e a suplementação pode ser uma opção.
Apesar do envelhecimento ser um processo indeclinável é possível, através da alteração de fatores modificáveis, como é o caso da alimentação, torná-lo mais salutar e com qualidade.
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